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Bola de Meia-Bola de Gude - Milton Nascimento
Há
um menino, há um moleque
Morando
sempre no meu coração
Toda
vez que o adulto balança
Ele
vem pra me dar a mão
Há
um passado no meu presente
Um
sol bem quente lá no meu quintal
Toda
vez que a bruxa me assombra
O
menino me dá a mão
E
me fala de coisas bonitas
Que
eu acredito que não deixarão de existir
Amizade,
palavra, respeito, caráter, bondade
Alegria
e amor
Pois
não posso, não devo, não quero
Viver
como toda essa gente insiste em viver
E não
posso aceitar sossegado
Qualquer
sacanagem ser coisa normal
Bola
de meia, bola de gude
O
solidário não quer solidão
Toda
vez que a tristeza me alcança
O
menino me dá a mão
Há
um menino, há um moleque
Morando
sempre no meu coração
Toda
vez que o adulto fraqueja
Ele
vem pra me dar a mão